17 de agosto de 2012

Amapá não atinge meta no Ideb e fica abaixo das médias regional e nacional

O resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, divulgado na última terça feira, 14, pelo Ministério da Educação (MEC) apontou que o Amapá não conseguiu cumprir as metas estipuladas para esse período. O Estado não alcançou os indicadores previstos no ensino básico, fundamental, e no médio.

Porém, comparado a evolução desde 2005, a nota do Amapá, que pode variar de 0 a 10, subiu.

No ensino básico (1ª a 4ª série), por exemplo, o Estado tirou a nota 4.1, quando estimado era 4.6. Com isso ficou abaixo da média da região Norte (4.2) e do Brasil (5.0).

No ensino fundamental (5ª a 9ª série), o resultado também não foi satisfatório. Nesse aspecto, o Amapá precisaria alcançar a média de 3.9, porém ficou apenas com 3.7. Em relação a região e em âmbito nacional, o saldo foi negativo, pois, o Norte teve média de 3.9 e o Brasil de 4.1.

Já no ensino médio (1º a 3º ano), a diferença ainda foi maior. Com a perspectiva de ter a média 3.7, o Amapá amargou o 3.1. Como em caráter regional e nacional, a meta era a mesma, o Estado também não a alcançou.

Evolução

Entretanto, se for levando em consideração os últimos índices do Amapá. A média aumenta a cada avaliação do Ideb.

No ensino básico, em 2005, a média foi de 3.2. Já em 2007 e 2009, o indicador apontou 3.4 e 3.9, respectivamente.

O mesmo ocorreu com o ensino fundamental, porém, de forma mais modesta. Desde 2005 até o último divulgado, o Amapá evoluiu apenas 0.2. De 3.5 saltou para 3.7.
O ensino médio acompanhou o ‘0.2’ do fundamental. De 2005 até 2011, a média pulou de 2.9 para 3.1.

Melhores escolas

O Mec também divulgou as escolas com melhor desempenho no Ideb. No Amapá, a melhor média entre dos colégios de 1ª a 4ª foi a Escola Municipal Padre Fulvio Guilliano, em Santana. Lá, a nota foi 5.7. Em Macapá, a que teve o desempenho mais satisfatório foi a Escola Modelo Guanabara com 5.5.

Entre os colégios que lecionam da 5ª a 9ª série, a Escola Irmã Santina Rioli, em Macapá, obteve a melhor nota (4.9). Os melhores do ensino médio, o Ministério da Educação não divulgou os dados. 

Especialistas

A pedagoga da Unicef, Mônica Samia, acredita que o Ideb contribui para que professores, coordenadores, diretores e secretários repensem o próprio trabalho. “Ele possui falhas, mas retrata alguma coisa. O Ideb impulsionou as redes a quererem melhorar”, diz.

O Ideb estabelece metas de crescimento para cada escola, rede, município e Estado. As duas variáveis foram escolhidas para medir o conhecimento dos estudantes e o quanto elas estão avançando nos estudos.

“Dar nota é sempre vinculado à punição, mas o grande objetivo da avaliação deve ser a melhoria. O Ideb é apenas um indicador, mas provocou mudanças em diferentes áreas nos municípios que cresceram as médias”, analisa a educadora Maria de Salete Silva, coordenadora do programa de educação do Unicef no Brasil.

Outros especialistas também acreditam que pelo fato do aluno passar de ano, não quer dizer que ele aprendeu. Atualmente, a facilidade é maior. Porque há remarcação de prova, recuperação e recuperação final.

Ideb

A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2007, com dados contabilizados a partir de 2005, e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: o rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho nas avaliações da pasta (Prova Brasil e Saeb). Os exames avaliam o conhecimento dos alunos em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

Fonte: Diário do Amapá

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