21 de maio de 2012

Quem ganha a Prefeitura de Macapá: Capi ou Sarney?

Por Maurício JR*/Jornal Folha do Estado

Estamos vivendo uma guerra entre dois grupos políticos no Estado do Amapá. De um lado, antigas forças políticas aliadas ao senador Sarney, tendo como exército de frente de batalha a Assembleia Legislativa e a Prefeitura de Macapá. No campo jornalístico dois jornais, e dois canais de televisão que combatem diariamente, como ressonância destas instituições e que são financiados possivelmente por elas. Do outro lado, está o senador Capibaribe com o seu filho como governador e a prefeitura de Santana como exército de frente de batalha. No campo jornalísticos está  um jornal e espaço na televisão,  para veiculação da publicidade das obras estaduais, financiado possivelmente com recursos do Estado.

Por que a prefeitura é tão importante para os dois grupos? Para o primeiro grupo (grupo do Sarney) a perda do governo do Estado representou a perda dos financiamentos dos aliados com pagamentos a mídia e cargos nos órgãos estaduais. Hoje, a prefeitura está cheia de pessoas que antes estavam em cargos no governo e que foram aproveitadas na prefeitura. Os gastos aumentaram e atualmente a prefeitura não consegue fazer o que gostaria de fazer, para causar um grande impacto na opinião pública a fim de eleger o candidato do Sarney. O Grupo do Sarney (que juntos estão os Borges, os Góes, os "barcellistas", parte do PT e etc.) joga na figura do prefeito Roberto Góes a esperança de continuar no poder. A prefeitura é uma espécie de trampolim para chagar ao Governo do Estado e às eleições de 2014.

No outro grupo, estão (grupo do Capi), o PSB e parte do PT (possivelmente) que também tem a prefeitura como ponto estratégico para continuar no poder no Estado do Amapá. A prefeitura é muito importante para continuar o projeto do PSB. Pela prefeitura pode viabilizar a presença visível do governo do Estado através da prefeitura. O município de Macapá é o maior colégio eleitoral do Amapá e é uma referência para o eleitor amapaense. Através da prefeitura as propostas de governo podem ser realizadas como no caso dos posto de saúde que pecam por não possuir as estruturas mínimas de condições de trabalho para a população pobre.

Historicamente, quem está com a chave do cofre do governo do Estado ganha as eleições. Foi o caso de João Henrique Pimentel que ganhou as eleições com o apoio do governador Capibaribe em passado passado recente. Posteriormente, o governador elegeu o primo, Roberto Góes, como prefeito de Macapá. E o mesmo deve ocorrer com a Cristina Almeida se for candidata do PSB. Isso acontece porque a população sabe que na divergências entre a prefeitura e o governo quem perde são os mais pobres que não tem as suas necessidades resolvidas.

A tentativa da Assembleia Legislativa em ensaiar uma terceira alternativa foi derrotada com o escândalo envolvendo o candidato desta instituição. Esta candidatura umbilicalmente ligada a falta de credibilidade do atual prefeito que está queimado diante dos eleitores. Esse grupo não confiava na possibilidade do atual prefeito de ganhar as eleições e jogaram as suas fichas em uma terceira via. Agora, são obrigados a se juntar à proposta do grupo do Sarney para sequenciar o próprio projeto político.

* Maurício JR - (Historiador e Político)

1 comentários:

Anônimo disse...

Apesar do texto super tendencioso e parcial, não existe somente estes dois caminhos para Macapá. Existe uma terceira via, verdadeiramente socialista 50X melhor que estes ai e que tem uma base e um programa totalmente diferente deste dois apresentados no texto acima.
O povo macapaense já está cansado de ambos os grupos políticos e econômicos que só tem levado o estado a ruína e o atraso, e aos records negativos que nos envergonha diariamente, o povo deve ter a clareza e o discernimento de poder mudar de fato ou continuar do mais do mesmo.