O PSOL, partido que elegeu três deputados e dois senadores, anunciou nesta quinta-feira (27) que não irá apoiar nenhuma das duas candidaturas oficiais às Presidências da Câmara e do Senado. O partido também não dará apoio ao candidato Sandro Mabel (PR-GO), que decidiu se lançar à presidência da Câmara mesmo sem o apoio de seu próprio partido. Reunidos em Brasília, os parlamentares do PSOL divulgaram propostas para a condução das duas Casas do Congresso e não descartaram a possibilidade de lançar candidatura própria ou apoiar um outro parlamentar que abrace as ideias defendidas no documento.
“Não apoiaremos nenhuma candidatura oficial. Aguardaremos a evolução dos acontecimentos para decidir se vamos lançar ou não candidatura própria ao Senado e à Câmara. Não apoiaremos a candidatura Mabel, não é alternativa. Nossa prática é o critério da verdade sempre. A candidatura dele não tem projeto diferenciado. Não temos (com Mabel) identidade programática e muito menos ideológica”, afirmou o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP).
Eleito senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues acrescentou que o partido não concorda com "consensos aparentes" e criticou a decisão do Senado de apoiar a reeleição do atual presidente, José Sarney (PMDB-AP). “Não concordamos com o consenso aparente para as eleições da Câmara e do Senado. Em especial, no Senado. Vivemos momentos difíceis para esta instituição nos últimos quatro anos. Nossa luta será pautada pelo resgate ético nas duas Casas.”
A também novata senadora eleita pelo Pará, Marinor Brito avisou que o partido irá procurar outras legendas que queiram defender as ideias do PSOL, citando a reforma política. Entre os itens defendidos pelo documento do PSOL está a possibilidade de revogação popular dos mandatos. “Não há muita expectativa. O Brasil inteiro conhece a correlação de forças nas duas Casas - disse Marinor, que será a líder do partido no primeiro ano da legislatura.”
Eleito deputado pelo PSOL, o ex-BBB, Jean Wyllys (RJ) fez questão de dizer que o PSOL, apesar de não apoiar o petista Marco Maia, diferenciava sua candidatura da de Sarney. Ivan completou, afirmando que no caso do petista não há problemas em relação à sua atuação. Segundo Ivan, Maia procurou o PSOL, mas a decisão foi a de não apoiar a candidatura oficial.
Fonte: O Globo
28 de janeiro de 2011
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