A repórter Maritânia Forlin, de 28 anos, foi presa em sua casa, em Campo Mourão (PR), acusada de trocar favores com traficantes para obter matérias exclusivas. Segundo a Polícia, que possui gravações telefônicas, feitas com autorização da Justiça, a jornalista repassava informações policiais para os traficantes para que os criminosos a informassem sobre os homicídios e crimes que cometeriam futuramente.
De acordo com a polícia, a repórter era amante de Gilmar Tenório Cavalcanti, indicado como o chefe da quadrilha, que também foi preso. A jornalista negou qualquer participação no caso.
Veja um dos trechos da gravação. No total, foram três meses de gravações:
Criminoso - Eu fui levar o Chinês para fazer um 'corrinho' hoje, entendeu? - diz o homem.
Repórter - Hoje?
Criminoso - É, lá na vila candida, pegar o cara, não achamos o cara.
Repórter - E ia apagar o cara?
Criminoso - Vai.
Repórter - Você tem que fazer o serviço e depois me liga: acabamos de fazer o negócio. Faz dias que não dá homicídio. A cidade está muito parada.
Criminoso - Mas vai ter homicidinho logo para vocês. Não demora não.
Repórter - Ai, ai, ai...
Criminoso - Tá proximo
Segundo o delegado José Aparecido Jacovós, a jornalista também procurava os criminosos para outros tipos de “pauta”. "Quando precisava de algum usuário de droga para entrevistar no programa ligava para ele, que lhe indicava alguém e passava a ser produtor", afirmou.
Na época das gravações, Maritânia trabalhava na Rede Independência de Comunicação (RIC), afiliada da Rede Record no Paraná. De acordo com o diretor de jornalismo da RIC, a repórter era contratada por uma empresa terceirizada e foi demitida há três meses, por um remanejamento da TV.
As informações são do O Globo e Estadao.com
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