O governador do Estado do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), anunciou, nesta segunda-feira, 17, a criação do Gabinete de Gerenciamento da Crise (GGC). Nova pasta tem a missão de acompanhar e tomar medidas diante da grave situação administrativa, orçamentária e financeira herdada pela nova gestão. O anúncio foi feito no Salão Nobre do Palácio do Governo, durante encontro que contou a presença de secretários de Estado e imprensa amapaense.
A nova pasta é uma comissão formada pelos gestores da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Juliano Del Castillo, Procuradoria Geral do Estado (Prog/AP), Márcio Figueira, Auditoria Geral do Estado, Maurício Viana, Secretaria de Estado da Administração (Sead), Sebastião Cristovão e Casa Civil, Kelson Vaz.
O governador afirmou que, nos próximos dias, no máximo até a próxima quarta-feira, 19, a comissão que compõe o Gabinete, apresentará a população amapaense, medidas econômicas que farão frente à crise instalada no orçamento do Estado, visando para manter o funcionamento dos órgãos estaduais.
“Eu não tenho dúvida que o Estado vai funcionar, com grandes sacrifícios. Pois já estamos economizando e diminuindo despesas. Precisamos ter recursos para tomar decisões emergenciais, como a normalização da energia elétrica de Laranjal do Jarí”, pontuou o governador.
Metas do Gabinete de Crise
O governador listou as prioridades da nova comissão, que são: redução dos contratos administrativos; Diminuição do número de gerências; redução das diárias, os servidores só viajarão a trabalho se o deslocamento for necessário; Corte da telefonia móvel e formular um controle telefonia fixa e contingenciamento dos orçamentos das secretarias.
Além dos cortes, Camilo disse ainda que renegociará a dívida da Amapá Previdência (Amprev), de R$ 426 milhões.
“Queremos sanear os gastos, demos estas orientações a todos os secretários de Estado, eles estão cientes destas medidas. A decisão de instituir este Gabinete de Crise é formular medidas que normatizem o Estado”, afirmou Camilo Capiberibe.
Arrecadação e compromissos
De acordo com o governador, o Estado possui uma dívida que totaliza R$ 1 bilhão e 700 milhões, contraída pela administração passada, a ser paga nos anos que virão. Segundo ele, a arrecadação do Amapá neste mês, entre recursos federais e estaduais, somam R$ 167 milhões, mas os compromissos que o Governo precisa honrar, ao final de janeiro de 2011, chegam ao montante de R$ 205 milhões.
“Temos R$ 38 milhões e 457 mil a menos do que deveríamos ter para passar janeiro com tranqüilidade, executando nosso plano de governo e não pagando dívidas herdadas. Deste valor, já foram pagos cerca de R$ 17 milhões, referente à folha de pagamento de dezembro de 2010 e R$ 3 milhões e 400 mil do duodécimo da Assembléia Legislativa do Amapá. Essa é a realidade que nós vamos viver durante o ano inteiro”, explicou o governador.
Fonte: SECOM
17 de janeiro de 2011
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