O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), informa que a dívida no governo do Estado é na ordem de R$ 1,7 bilhão - herança deixada pelos governos anteriores. Para tentar amenizar a situação, foi decretada a criação da Comissão de Gerenciamento de Crise, composta de representantes da Secretaria de Planejamento, Auditoria Geral, Procuradoria, Secretaria de Administração e Gabinete Civil. Os membros participantes da comissão terão até o final desta semana para apresentar uma solução para os problemas existentes na gestão estadual.
No demonstrativo apresentado pelo governador, aparecem dívidas com a Previdência Social, Tesouros Nacional, Estadual e Municipal, consignatários, depósitos e outros. Só para as prefeituras, verificou-se que o governo do Estado deve R$ 3 milhões. "Sabíamos que o desafio era grande, mas não imaginávamos que existiam tantos atropelos e problemas de gestão. Agora é hora de reorganizar este estado e buscar dias melhores para a comunidade amapaense", disse o governador do Amapá. Problemas na gestão pública foram tornados públicos em setembro de 2010 pela Operação Mãos Limpas, quando foi preso o então governador, Pedro Paulo Dias.
Informação da secretaria de Receita Estadual dá conta de que parte da dívida que o novo governador herdou neste ano, como o atraso dos caixas escolares e contratos administrativos, poderia ter sido sanado. Os números do Fundo de Participação de Estados (FPE), somados aos demais tributos, totalizavam R$ 11 milhões a mais que o valor normal de investimentos.
O governador Camilo Capiberibe anunciou ainda que, em virtude de não se ter recurso necessário para pagar todos os servidores em janeiro, cortará contratos administrativos, diárias e viagens de secretários, a não ser que haja muita necessidade. "Se quisermos melhorar o nosso Estado precisamos vestir a camisa, arregaçar as mangas e trabalhar com muito afinco para transformar este estado em um lugar bom de se viver", disse.
O governador também assinou a Lei Orçamentária de 2011, mesmo sabendo que perderá cerca de R$ 26 milhões na negociação com os poderes. "Ou eu votada, ou não teríamos LOA em 2011, e isso seria péssimo para nossa administração", concluiu.
Fonte: Portal Terra
18 de janeiro de 2011
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