Um edifício de 32 andares em construção desabou por volta das 14h em Belém, capital do Pará. O edifício denominado Real Class estava sendo construído pela empresa Real, com dois apartamentos por andar destinados à classe média alta. O valor de cada unidade era de R$ 550 mil.
Os bombeiros ainda não sabem as causas do desabamento, mas os vizinhos contam que a obra já havia apresentado problemas anteriormente. No momento do desabamento chovia muito em Belém. A tragédia abalou moradores do bairro de Nazaré, no centro de Belém, onde o prédio estava sendo construído.
Até o final da tarde, duas pessoas foram resgatadas pelos bombeiros. Raimunda Araújo, 67 anos, moradora de uma casa que ficava ao lado do edifício, ficou soterrada nos escombros e está em estado grave no pronto socorro municipal. A outra vítima era um caseiro de outra moradia vizinha do prédio.
Os bombeiros ainda não sabem quantas pessoas estão soterradas nos escombros da obra, mas membros do Sindicato dos Trabalhadores afirmam que cerca de 20 operários trabalharam pela manhã e estavam no local aguardando o pagamento do salário da semana.
Toda a área ao redor do prédio foi interditada pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. A energia elétrica foi interrompida para facilitar o resgate das vítimas, já que além do prédio toda a fiação elétrica na travessa Três de Maio, onde o prédio era localizado, também foi afetada pelo desabamento. A circulação de veículos na área foi interrompida para evitar mais trepidação.
Inúmeras residências no entorno do prédio estão rachadas por causa do abalo provocado pelo desabamento. Vários veículos que estavam estacionados próximo ao Real Class também foram atingidos pelos escombros do edifício. O sobrinho de um morador da casa ao lado, que foi soterrada, Robert Silva, contou que a obra começou há dois anos, mas que havia muita reclamação dos moradores da redondeza.
Ele afirmou ainda que já haviam denunciado os problemas ao CREA e à DRT, inclusive com pedidos de embargo da obra. Foi justamente a casa do tio de Robert, Donizete Silva, que foi atingida pelo desabamento e teve o caseiro socorrido em estado grave. Segundo os moradores, o homem tentou correr, mas não deu tempo de escapar.
No entanto, José Viana, presidente do CREA/PA, que assim que soube da tragédia foi ao local, disse que o órgão não poderia fazer nada naquela hora, pois o conselho fiscaliza exercícios da profissão. Ele garantiu que não tinha nenhuma informação de denúncias sobre a obra do Real Class e que para o CREA estava tudo normal.
O governador do Pará, Simão Jatene e o prefeito de Belém, Duciomar Costa foram até o local da tragédia para ver a dimensão do problema e para tentar definir algumas ações.
Fonte: Portal Terra
29 de janeiro de 2011
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