Fonte: Folha de S. Paulo
O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Moisés Souza (PSC), foi indiciado nesta sexta-feira (22) sob suspeita de integrar esquema que teria desviado mais de R$ 5 milhões de um "contrato fantasma" da Casa.
A Polícia Civil apontou como participantes outras 15 pessoas, entre elas o deputado e primeiro-secretário Edinho Duarte (PP), servidores da Assembleia e membros de uma cooperativa de veículos.
Segundo o delegado Leandro Vieira Leite, que presidiu o inquérito, a Cootram (Cooperativa de Transportes de Veículos Leves e Pesados do Amapá) foi contratada sem licitação em 2011 para alugar carros, mas forneceu notas fiscais sem prestar o serviço. Mesmo assim, o contrato emergencial acabou sendo prolongando por mais seis meses.
Leite disse que um assessor da presidência da Assembleia convidou a Cootram a participar do esquema, que receberia de cinco a nove por cento dos valores do contrato. Ele afirmou que o presidente da Casa tinha conhecimento do acordo.
Ainda segundo o delegado, integrantes da cooperativa confessaram os desvios em troca de delação premiada --em que o acusado tem benefícios por colaborar com a investigação.
OUTRO LADO
A assessoria de imprensa do presidente Moisés Souza declarou que ele não tinha conhecimento de irregularidades e que os serviços contratados foram prestados. Afirmou ainda que o contrato emergencial era necessário na ocasião.
A reportagem não conseguiu localizar o deputado Edinho Duarte nem representantes da Cootram.
23 de junho de 2012
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