Fonte: Jornal Folha do Estado
Se ainda haviam dúvidas sobre a interferência e a exploração política da greve dos professores da rede pública de ensino do estado, elas começam a deixar de existir. Poucos dias antes da última assembléia geral da categoria, realizada no último dia 25, o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Estado do Amapá (Sinsepeap), recebeu da Assembléia Legislativa do Estado, a importância de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
O cheque do Banco do Brasil, emitido pelo poder legislativo no dia 21 de maio corrente, em nome do sindicato, foi assinado pelo secretário de orçamento e finanças da assembléia, Edmundo Ribeiro Tork Filho, pelo 1º secretário da mesa diretora, deputado Edinho Duarte (PP), e pelo presidente da casa, deputado Moisés Souza (PSC).
O Sinsepeap é a maior entidade sindical do estado, com arrecadação mensal de aproximadamente R$ 250.00,00 (duzentos e cinqüenta mil )por mês. Parte desse recurso e destinado ao fundo de manutenção de greve, portanto, diferente de outras entidades sindicais de menor porte financeiro, o sindicato dos professores não precisa de apoio para manter a paralisação.
Recentemente após várias rodadas de negociação e propostas apresentadas a categoria o próprio governador Camilo Capiberibe, classificou a greve como um movimento político partidário orquestrado com o objetivo de criar desgaste contra o executivo durante o período eleitoral de 2012. Tanto o presidente do legislativo, Moisés Souza, como o 1° secretário, Edinho Duarte, são opositores do governador e vêem responsabilizando o executivo pelas investigações de corrupção conduzidas pelo Ministério Público do Estado contra a assembléia.
A relação entre a direção do sindicato e a presidência do legislativo vinha sendo denunciada por professores contrários a greve e a favor dos 15,65% propostos pelo governo. O cheque no valor de R$ 30 mil é a prova que faltava.
Segundo o executivo, estranhamente a posição da direção do sindicato nas mesas de negociação é uma e nas assembléias e entrevistas a imprensa e totalmente outra. Até agora sete propostas já foram apresentadas pelo governo e todas rejeitadas logo depois pelo presidente Aroldo Rabelo e a diretoria. A greve caminha para um mês de dez dias, prejudicando o ano letivo de 2012.
28 de maio de 2012
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