Na próxima quinta-feira (10), a chacina da família Konishi completa 2 anos. Coincidentemente, o julgamento do acusado pelo triplo homicídio, Wellington Luiz Raad Costa - preso em uma cela especial do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) desde maio do ano de 2010 - deverá acontecer no dia 21 deste mês. As vítimas, a advogada e assessora do Ministério Publico Estadual, Caroline Camargo Rocha Passos e seus filhos Marcelo, de 17 anos e Vitória Konishi, de 11 anos, foram mortos a facadas no dia 10 de maio de 2012,
No dia 10 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu, por unanimidade de votos, o Habeas Corpus impetrado pela defesa de Wellington Raad para que ele aguardasse em liberdade o julgamento.
Raad foi indiciado no Artigo 121, parágrafo 2º, incisos II, III e IV por três vezes - homicídio qualificado cometido por motivo fútil, com emprego de tortura e meio cruel; a traição e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas - combinados com o artigo 61 - contra criança. Ele vai a júri popular em sessão forense que acontecerá no plenário da 2ª Vara do Fórum Desembargador Leal de Mira, em Macapá.
Defesa pede adiamento do júri
O fato de o julgamento ter sido marcado pelo juiz para ser realizado no mês de maio, foi visto pela defesa do acusado, como uma forma de favorecer a acusação. Por telefone, Maurício Pereira, advogado de Raad, explicou que maio é o mês em que o crime completa dois anos e essa relação poderia dificultar a defesa e influenciar no julgamento do acusado.
“Maio é um mês considerado pelos cristãos, como o mês da família e, no caso, o crime foi contra uma família. É também o mês das mães. Tudo isso pode influenciar na decisão do júri”, ressaltou Pereira.
O advogado informou ainda, que não entendeu o motivo que levou o magistrado a marcar o júri para este mês. Pereira comentou que pediu para que a pauta fosse adiada para o próximo mês, o que foi negado pelo juiz.
Negativa de autoria
Essa será a tese que a defesa usará para tentar inocentar Wellington Raad. Segundo relatou o advogado, no dia do julgamento, o acusado irá expor ao júri, por que nega o crime.
Detalhes do crime
O triplo homicídio ocorreu na noite de 10 de maio de 2010, porém, os corpos só foram encontrados por volta das 10 horas do dia 11, pela empregada da família. As vítimas, a advogada e assessora do Ministério Publico Estadual, Caroline Camargo Rocha Passos e seus filhos Marcelo, de 17 anos e Vitória Konishi, de 11 anos, estavam amontoados em um dos quartos da casa, localizada na rua João de Castro Sussuarana, no bairro Jardim Equatorial, zona sul da capital.
Segundo informações do laudo pericial feitos pela Politec, o primeiro a ser assassinado foi Marcelo. Ele foi morto com 14 facadas. Em seguida, o assassino matou Caroline que recebeu 13 golpes, um deles nas costas. Por último, a pequena Vitória que estava no quarto da mãe. Ela foi surpreendida e ainda tentou lutar pela vida, mas acabou sendo atingida com 42 perfurações.
Após a chacina, a polícia iniciou as investigações que levaram até ao acusado. Wellington Raad, que era amigo da família, confirmou em seu depoimento que agiu sozinho, sem motivação conhecida.
A polícia chegou até ele depois que a namorada de Marcelo informou que ele estivera na noite do dia 10 de maio na casa da família. Wellington foi preso no dia 14 de maio de 2010 e denunciado no dia 24 do mesmo mês.
Fonte: A Gazeta
6 de maio de 2012
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