Um esquema semelhante aos praticados no passado, que resultou na prisão de várias autoridades durante a operação Antídoto, foi denunciado na manhã de ontem, 8, na Câmara de Vereadores de Macapá, pelo presidente da Comissão de Saúde, vereador Washington Picanço (PSB), que acusou o proprietário da empresa N. C. do Rego EPP (Aliança) de estar entregando, com o aval do prefeito de Macapá, Roberto Góes, e do secretário municipal de Saúde, Eduardo Monteiro, insumos, remédios e correlatos diversos da especificação contida no edital e na licitação, com qualidade inferior aos objetos licitados, trazendo, segundo ele, enormes prejuízos ao erário público municipal.
O vereador disse em plenário que a denúncia chegou até ele de forma anônima, mas que tem procedência, já que em algumas situações ele constatou, in loco, a falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde e para reforçar a Notícia Crime, que será apresentada nesta sexta-feira, 9, no Ministério Público Federal do Amapá, ele tem gravações que comprovam a fraude e que serão anexadas ao documento.
“Parece que os mesmo crimes do passado, praticados contra o governo do Estado, se repetem na prefeitura de Macapá, mas nós não vamos ficar calados, queremos que seja instaurado inquérito para apurar essas denúncias, seja no Ministério Público Federal ou na Polícia Federal, uma vez que os citados desvios são oriundos de verbas federais”, pediu o vereador.
Washington Picanço disse ainda que o prefeito Roberto Góes, o secretário Eduardo Monteiro, bem como os empresários teriam infringido vários preceitos da administração pública, como a moralidade, eficiência, probidade, entre outros. “A sociedade não pode mais ser vítima deste tipo de golpe. É preciso uma resposta rápida para este tipo de crime, para que a impunidade não impere neste Estado”, declarou.
Operação Antídoto
Em agosto de 2007, a Polícia Federal no Amapá deflagrou a Operação Antídoto, que culminou com o indiciamento de 29 pessoas. Entre os presos estavam pessoas que ocupavam cargos públicos relevantes, como o Auditor Fiscal Braz Martial, os ex-secretários de Saúde do Estado Uilton José Tavares e Abelardo da Silva Vaz, o Chefe de Gabinete da Sesa, José Gregório, o chefe da Coordenação de Assistência Farmacêutica, Edílson Leal da Cunha, dentre outros envolvidos no esquema.
O inquérito da Policial Federal que apurou fraude e desvio de medicamentos em licitações na Secretaria de Saúde do Estado do Amapá, dentre outros crimes relacionados, iniciado em 13/3/2006. O esquema dos criminosos consistia na não entrega ou no fornecimento a menor de medicamentos aos hospitais e pronto-socorro do Amapá e superfaturamento de remédios, o que redundava em um verdadeiro prejuízo à população.
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