Fonte: A Gazeta
O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem 12) as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2010), por escola. Com um novo critério de avaliação, o MEC criou quatro categorias de acordo com a porcentagem de participação de cada uma das 26.099 escolas na prova realizada no ano passado em todo o país. Nenhuma instituição amapaense integra o “top 100” do grupo principal, com mais de 75% de participação.
Três escolas do Amapá conseguiram transpor a média de 75%, mas não obtiveram nota suficiente para estar entre as cem melhores. Da rede privada, o Centro de Ensino Podium (76.4%) e a Escola Aquarela Ensino e Cultura (91,9%) alcançaram 600,83 e 593,65 pontos, respectivamente. Uma escola da rede pública atingiu 84,6% de participação, mas apresentou pontuação inferior à média nacional: 511,21. A Escola Família Agroextrativista do Carvão, de Mazagão, teve 496,45 pontos.
Das 76 escolas amapaenses – 67 públicas e 9 privadas – que participaram do Enem em 2010, 33,33% foram reprovadas – obtiveram notas abaixo da média nacional. Ou seja, se o que estivesse em jogo fosse a aprovação ou a reprovação, elas não “passariam de ano”.
Além das 18 instituições do Amapá que tiraram notas baixas no Enem, 22 sequer foram consideradas na contagem de pontos. Elas apresentaram menos de 2% de participação de alunos. (Confira na sequência)
Das 54 instituições com notas comparativas, portanto, 36 obtiveram notas acima da média. Dessas 8 (22,22%) são privadas. Nove escolas particulares participaram do Exame, uma não entrou na contagem dos pontos: a Escola Meta teve 6,9% de participação.
As instituições privadas que atingiram notas ocuparam os primeiros lugares do ranking entre as escolas amapaenses. Pelo segundo ano consecutivo, o Colégio Santa Bartolomea Capitanio assume o primeiro lugar no Amapá. A escola da rede privada somou 616,19 pontos, 145,51 a menos do que o primeiro lugar geral, o Colégio de São Bento, no Rio de Janeiro, que obteve 761,7 pontos. Além do Rio de Janeiro, os estados de Minas Gerais, São Paulo e Piauí concentram escolas no “top 100”. Maranhão e Amazonas representam o nordeste e o norte do Brasil na lista “elite” do MEC.
Das escolas públicas do Estado, se destacou a Tiradentes, com 551,01 pontos e 51,3% de participação dos estudantes. No Enem de 2009, a instituição ocupava o terceiro lugar entre as públicas amapaenses. A Escola Estadual Professor Alexandre Vaz Tavares, que há dois anos esbanjou o primeiro lugar entre as escolas da rede pública do Amapá, neste ano caiu para a 9ª posição, com média de 538,5 pontos.
Em 2010, 4.626.094 estudantes fizeram o Enem. O exame foi composto por redação e provas objetivas em quatro áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemáticas e suas tecnologias. A média total da escola é calculada pela média do número de participantes que fizeram as provas objetivas e pelo número de participantes que fizeram a redação.
A próxima edição do Enem será realizada nos dias 22 e 23 de outubro. Mais de 5,3 milhões de estudantes se inscreveram. Em 2012, o MEC vai realizar duas edições do exame, a primeira será nos dias 28 e 29 de abril e a segunda será no segundo semestre, provavelmente em outubro.
29% das escolas não foram consideradas no Enem
Exatas 28,94% das escolas amapaenses que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2010) não foram consideradas na contagem de pontos pelo Ministério da Educação (MEC). Elas não conseguiram atingir os 2% mínimos em participação dos estudantes, para entrar na avaliação.
Segundo o MEC, por causa da diversidade na taxa de participação no Enem, não é possível tecnicamente estabelecer comparações entre os resultados dos diferentes grupos. O ministério optou por criar quatro categorias (grupo 1: de 75% a 100%; grupo 2: de 50% a 74,9%; grupo 3: de 25% a 49,9%; grupo 4: de 2% a 24,9%) para evitar comparações equivocadas e a criação de rankings distorcidos. Como o Enem não é obrigatório, uma escola poderia selecionar seus melhores alunos e obter uma média alta, número que seria diferente se todos os seus estudantes participassem. Devido a esta nova forma de divulgação o MEC atrasou a divulgação das notas, que estava prevista para julho.
13 de setembro de 2011
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