O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) participou ontem (23), em Macapá, do seminário “Ponte sobre o rio Oiapoque, impactos econômicos e Sociais”, promovido pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, através da coordenadora da bancada amapaense, deputada Dalva Figueiredo (PT-AP). Em sua fala inicial, o senador ressaltou que o Arco Norte de Desenvolvimento é um caminho de consenso para o Amapá, e que “esse tema não pode ser sonho, mas trabalho de todas as lideranças politicas do Amapá”.
Três painéis abordaram questões estruturantes, questões de estado e políticas públicas e questões sociais envolvendo a construção da Ponte Binacional e a consolidação da cooperação bilateral com a França. O seminário ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa do Estado e contou com a presença de integrantes da bancada federal, representantes de setores estratégicos do governo do estado e representante da Embaixada da França no Brasil, estudante de arquitetura da Unifap.
Randolfe lembrou que “o mapa nos aproxima geograficamente e favorece o caminho que estamos construindo”. O senador fez um apanhado histórico das relações politicas do Amapá com a região da Guiana Francesa, e disse que “não pode ser aceito qualquer acinte à memória de Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho”, que liderou a resistência brasileira às invasões francesas em 1898, o que assegurou a posse da região definitivamente ao Brasil. “Nos lutamos para sermos brasileiros”, disse senador.
A Ponte Binacional em si é um símbolo da sonhada integração com a França, e com os países vizinhos. Mas, Randolfe ressalta que “os desafios sociais e econômicos exigem respostas urgentes do Brasil e da França”. Nesse sentido o senador deixou marcado em seu discurso a necessidade de união e trabalho coletivo. Citou um trecho bíblico de Eclesiastes, capítulo 3, versículo 3, para lembrar que o tempo das divergências se acirrarem deve se dar nas disputas eleitorais, e que o tempo de trabalhar pelo estado deve ser profícuo.
Eclesiastes, cap.3, ver. 3
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz”.
Por Márcia Corrêa
24 de setembro de 2011
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