24 de novembro de 2010

Três presos por fraude em licitação no AP são liberados

Os três sobrinhos do ex-governador do Amapá Waldez Goés (PDT) foram soltos, na manhã desta quarta-feira (24), do presídio da Papuda, em Brasília. Jardel Góes, Hugo Góes e Humberto Góes estavam presos, desde o início do mês, por suspeita em envolvimento em fraudes em licitação pública no Amapá.

Os três foram soltos a partir de um agravo concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o STJ, a liberação do trio foi possível já que eles não ofereceriam riscos ao andamento do processo. Eles responderão ao processo em liberdade.

O CASO

A operação Mãos Limpas foi realizada no dia 10 de setembro e prendeu temporariamente 18 pessoas, entre elas o atual governador do Amapá, Pedro Paulo Dias; o ex-governador Antônio Waldez Góes, que se candidatou ao Senado neste ano; o ex-secretário estadual de Educação José Adauto Santos Bitencourt; o empresário Alexandre Gomes de Albuquerque; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Júlio de Miranda Coelho; e o secretário estadual de Segurança, Aldo Alves Ferreira. Oito dias depois, Pedro Paulo Dias, Waldez Góes e sua mulher, Marília Góes, e Alexandre Albuquerque foram soltos para responder em liberdade.

A polícia constatou que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação beneficiavam empresas selecionadas. Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a secretaria com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.

O ministro determinou posteriormente a prisão de outros dois envolvidos: Jasildo Moura Santos, escrivão aposentado da Polícia Federal e atual chefe do serviço de inteligência da Secretaria de Segurança do Estado, acusado de ameaçar e coagir testemunhas, e Armando Ferreira do Amaral Filho, ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Tesouro do Amapá, acusado de ocultar provas do caso.

Foram identificados também desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.

Os envolvidos são investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.

Fonte: Portal Terra

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