Por Ricardo Santos
Se meus cálculos não falham, o ex-senador Gilvam Borges, autointitulado líder do “governo paralelo”, se quiser cumprir a meta de construir 25 mil casas populares em dez anos, terá que aprontar seis unidades por dia, trabalhando todos os dias sem parar.
É só fazer a conta: o ano tem 365 dias. Logo, dez anos terão 3.650 dias. Como ele anunciou que construirá 25 mil casas, nesse espaço de tempo, é só dividir o número de casas pela quantidade de dias para se chegar a exatas 6,8 casas por dia.
Ainda no campo da matemática ele disse que cada casa, contendo dois quartos, sala e cozinha, custará em torno de R$ 20 mil. Como são 25 mil unidades habitacionais, isso significa um montante de R$ 500 milhões. Aliás, de onde vem esse dinheiro?
Lógico que construir seis casas em um dia é exagero do texto, já que algumas estruturas precisam de dois ou três dias para secar e, a partir de então, ser concluído o telhado. De qualquer forma seriam necessários, para concluir essa construção num tempo recorde, pelo menos cinco profissionais para cada casa. Logo, pensando na real execução do serviço, podemos afirmar que teremos uma geração de emprego nunca vista na história do Amapá, sendo necessário até buscar mão de obra fora do Estado. Pelas minhas contas seriam necessários cerca de 100 mil trabalhadores para concluir em dez anos 25 mil casas populares.
Fazendo isso o ex-senador conseguirá finalmente um lugar na história, como o homem da habitação, porque nem mesmo os governadores de Barcellos, Capi, Waldez, até mesmo Camilo – que anunciou a construção de 2.148 unidades habitacionais – terão juntos construídos tantas casas populares.
O fato é que se Gilvam quiser cumprir a meta estabelecida ele terá que correr, porque a matemática diz que do dia 21 de janeiro, quando ele entregou a primeira casa até a data da construção deste texto, ele já deveria ter entregue 60 casas. Corra, ex-senador, porque o tempo urge.
3 de fevereiro de 2012
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