A coleção de bens de luxo do presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE-AP), José Júlio de Miranda Coelho, preso na Operação Mãos Limpas, inclui um jato executivo Cessna que ele vinha tentando ocultar das autoridades. A Polícia Federal (PF) já havia apreendido cinco carros importados, entre os quais um Maserati e uma Ferrari, além de dinheiro e joias.
A aeronave estava num hangar do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte e foi apreendida na noite de anteontem com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O aparelho, do modelo Citation, ficará retido à disposição da Justiça.
Desencadeada no último dia 10, a operação prendeu até agora 20 pessoas, acusadas num esquema de desvio de dinheiro público. Dezesseis pessoas foram libertadas e apenas quatro permanecem detidas, entre as quais Coelho, que teve sua prisão temporária transformada em preventiva, com duração de 30 dias. Por ter direito a foro especial, ele está recolhido a uma cela especial na Superintendência da PF em Brasília.
Bunker
Documentos apreendidos pela PF mostram que o TCE do Amapá funcionava como um bunker da quadrilha, desmantelada na operação, que seria integrada pelo governador Pedro Paulo Dias (PP), pelo ex-governador Waldez Góes (PDT), políticos, empresários e altos dirigentes do Estado.
O tribunal, conforme as investigações, aprovava contas viciadas, convalidava licitações fraudulentas e legitimava o esquema de corrupção espalhado pelos vários setores da máquina pública.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo
23 de setembro de 2010
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