O governo do Amapá autorizou o pagamento de R$ 7,3 milhões a uma empresa de segurança no dia 17 de setembro, mesmo com o governador Pedro Paulo Dias (PP) na prisão. Segundo o presidente da associação dos procuradores do Estado, Julhiano Cesar Avelar, o acordo foi formalizado "às escondidas, contrariando parecer" da instituição. Do total, R$ 300 mil foram liberados de imediato e o resto, parcelado em dez meses. O procurador afirmou que há uma ação na Justiça para reduzir o valor cobrado pela empresa Setra Segurança, e outra para deixar de pagar qualquer quantia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Quem autorizou o pagamento à Setra foi o governador em exercício, Dôglas Evangelista Ramos. O pagamento à empresa teve parecer favorável da procuradora-geral do Estado, Luciana Lima Marialves de Melo, cargo de confiança de Pedro Paulo. De acordo com Avelar, era preciso esperar o julgamento das ações, pois havia laudo técnico apontando falsificação de assinatura em documentos que comprovariam a dívida com a Setra. O débito é do início dos anos 90. Ontem, Avelar pediu que o Ministério Público investigasse o caso. Na segunda-feira, pelo menos 15 procuradores denunciaram as irregularidades à Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de cobrança de propina no governo em troca de contratos com empresas. A investigação resultou na prisão do governador e mais 17 pessoas no dia 10 de setembro. Candidato à reeleição, Pedro Paulo foi solto dias depois.
Fonte: Portal Terra
29 de setembro de 2010
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