Após um ano de investigação tentando descobrir o paradeiro de aparelhos celulares desaparecidos da Secretaria de Estado da Administração (Sead) do Amapá, o delegado Júlio César, titular da 2ª Delegacia do Pacoval, finalmente concluiu o inquérito.
Segundo ele, trata-se de furto, apropriação indébita, receptação e corrupção, cujos acusados foram indiciados pelos delitos correspondentes além de peculato.
Três ex-funcionários que exerciam cargos de gerentes de recursos humanos e chefe de gabinete na gestão passada foram apontados como os autores do esquema que envolveu mais de oitenta aparelhos celulares adquiridos pelo Estado, no valor individual de R$ 1.700,00.
A investigação teve início no dia 8 de maio do ano passado, quando um representante da secretaria lavrou ocorrência alegando o sumiço do patrimônio.
De acordo com o delegado, o esquema consistia da seguinte forma: os objetos foram comprados pela Sead na gestão passada e deveria ser usado por gestores, como secretários ou chefes de departamentos. Os telefones possuíam linha aberta 24 horas, inclusive para efetuar ligações interurbanas para números fixos ou celulares.
Os funcionários mantinham o controle e repassavam os aparelhos à namorada de um dos servidores, que vendia a terceiros por qualquer valor. O dinheiro era dividido entre eles.
Os investigadores descobriram várias pessoas que fizeram negócio com o grupo. Eles compareceram à delegacia devolvendo os objetos e contaram de que forma conseguiram.
Cada um dos envolvidos usava livremente dois telefones das marcas e modelos mais caros. "No dia que o quarteto foi intimado a prestar esclarecimento à polícia, estavam portando os objetos descaradamente", revelou o delegado.
O delegado alerta a todas as pessoas que adquiriram celular de ex-servidores da Sead que procurem a polícia no Ciosp do Pacoval, sob pena de responder por crime de receptação.
Por José Maria Silva/DGPC
5 de julho de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário