30 de agosto de 2010

Tá no Jornal do Dia - 29/08/10

Eles querem renovar a Assembleia


Cada uma das 24 cadeiras da Assembléia Legislativa do Amapá está sendo disputada, este ano, por 256 candidatos aptos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Legislativo do Amapá tem hoje um orçamento de quase R$ 150 milhões e um custo orçado por cada cadeira de R$ 3,7 milhões. Reúne quatro vezes por semana e tem dois recessos durante o ano.


Nas eleições passadas, o Legislativo amapaense teve uma renovação de 29%. Este ano, a briga promete ser maior e alcançar percentuais elevados, tudo porque muitos candidatos vistos pelos eleitores como preferidos já possuem um lastro político, mesmo que a maioria nunca tenha estado no parlamento. Tudo isso aliado ao fato de que apenas metade da atual legislatura, ou seja, 12 deputados estaduais apresentaram trabalhos satisfatórios. Mas, a outra metade seria preenchida por quem?


Um desses nomes é da ex-vereadora Maria Góes (PDT), mãe do atual prefeito de Macapá, Roberto Góes, também do mesmo partido. Já foi vereadora da capital, cargo que deixou em dezembro de 2008. Foi naquele ano que ela dedicou-se ao máximo à campanha do filho rumo à Prefeitura de Macapá. “Dedicou-se tanto que deixou para segundos planos sua campanha de reeleição na Câmara de Vereadores”, comentou um cabo eleitoral próximo.


Antes de entrar para a vida pública, Maria Góes trabalhou na iniciativa privada por muitos anos com empresa própria, no ramo farmacêutico, É mãe de seis filhos, pelos quais teve que trabalhar e se dedicar para criá-los e educá-los.


Hoje, com o filho comandando a capital amapaense, ela tenta pela primeira vez uma das 24 cadeiras do Legislativo Estadual. Seu trabalho no Legislativo municipal foi pautado em políticas para as mulheres.


Outro nome bastante comentado entre os eleitores para as eleições deste ano é do ex-prefeito João Henrique Pimentel (PR), que também tem uma história no Estado. Assumiu o primeiro mandato em janeiro de 2001 até janeiro de 2005. Foi reeleito para o segundo mandato até janeiro de 2008. Também havia sido secretário no governo Capiberibe, que deu projeção política a João Henrique. Por sua vez, sem poder disputar o terceiro mandato consecutivo, tratou de eleger sua esposa Lucenira Pimentel, do mesmo partido, para a Câmara Federal. Um dos marcos do seu mandato foi a atualização dos vencimentos dos servidores municipais que sofriam com os atrasos deixados ainda pelo prefeito anterior.

O radialista Eraldo Trindade, que em maio deste ano deixou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), para disputar uma das vagas na AL, é mais um nome que merece destaque na disputa das vagas, uma vez que também tem um lastro político que o gabarita para o cargo.
Eraldo reúne experiência de deputado federal, é jornalista, radialista, engenheiro florestal e bacharel em Direito. Na época em que passou na Semam, teve como bandeira de luta a revitalização das praças de Macapá que, diga-se de passagem, ganharam novo visual e tornaram-se pontos turísticos diante do moderno paisagismo adotado. Ele também normatizou o funcionamento de bares e boates da cidade, principalmente quanto a poluição sonora, antiga reivindicação da população da capital.


Um outro nome que vem despontando na corrida eleitoral é do empresário Júnior Favacho (PMDB). Apesar de nunca ter disputado cargo político, vem de uma família de renome no Amapá. A mãe disputa como vice o governo do Estado. O pai é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O irmão, Acácio Favacho, foi um dos mais votados vereadores em 2008. Porém, Júnior sempre se dedicou mais aos negócios da família. “Foi esse ano que ele resolveu seguir os passos do irmão e da mãe, lançando seu nome a deputado estadual. Reúne experiência adminitrativa, o que é fundamental na política”, comentou um de seus cabos eleitorais. Júnior é um amplo conhecedor do interior do Amapá, onde adquiriu conhecimento sobre as potencialidades e os problemas dos municípios.


O ex-vereador Tom Sobral, que por anos esteve fora da política amapaense, este ano volta trazendo consigo na bagagem uma exemplar história de vida. Sobral executa por anos um projeto social denominado Monte Tabor, localizado às margens da BR-210, voltado para a recuperação de jovens e adultos dependentes de substâncias químicas. Simplesmente por isso, o nome de Tom Sobral é um dos mais cotados para ocupar uma vaga na AL nas eleições deste ano, uma vez que mesmo sem mandatos ou cargos políticos, mostrou para a sociedade que seu trabalho pelo semelhante é dedicado.


Um dos nomes mais comentados durante as reuniões populares é da ex-primeira dama, Marília Góes. Delegada de polícia concursada, Marília entrou para a vida pública com a vitória de Waldez Góes (PDT), seu esposo, para o governo do Estado, em 2003. É bacharel em Direito pela Universidade da Amazônia e pós graduada em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Atuou como titular da Delegacia de Crimes Contra Mulher. Em 1994 assumiu a titularidade da Delegacia de Acidentes. Dirigiu o Departamento de Polícia Especializada da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública no período de 1995 a 1996.


Como primeira dama, Marília assumiu a Secretaria Estadual de Inclusão e Mobilização Social (SIMS). Fez um trabalho exemplar e ganhou visibilidade. De fácil contato e de muito carisma, conquistou a atenção do público. Ainda relutou ao lançar seu nome para a disputa eleitoral, porém, disse que a vontade do povo fez com que mudasse de ideia.


Já a ex-secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Ester de Paula, também resolveu lançar seu nome para a disputa. Em seu currículo, destacam-se ações fundamentais no combate à violência contra as mulheres. “Foi ela que, com empenho, fortaleceu e expandiu a rede de atendimento as mulheres que sofrem com a violência dentro de casa. Com o apoio do governo do Estado, ela conseguiu estruturar uma rede que, até então, só existia em projetos”, comentou um de seus cabos eleitorais.


Na área da segurança pública, poucos nomes tiveram destaque no Amapá. Um deles é do coronel PM Calandrini, ex-comandante da Polícia Militar e que hoje busca uma vaga no parlamento.
Por três anos no comando, Calandrini adquiriu novas viaturas, construiu quartéis, implantou política de reconhecimento, curso de capacitação, concurso público, entre outros. Pouco antes de deixar o cargo, Calandrini realizou concurso para oficiais, concurso para formação de soldado e lançou edital de concurso nível superior na área de saúde e capelania.


Na área sindical e industrial, nenhum outro nome tem maior destaque do que o de Telma Gurgel. Ela foi a primeira mulher a assumir a presidência de uma Federação de Indústria em todo o Brasil. Foi eleita no quadriênio de 2004/2008. Em menos de três anos na presidência, Telma resgatou a credibilidade da Fieap, dando suporte ao desenvolvimento e ao fortalecimento do setor industrial do Amapá. “Quando assumiu a instituição, Telma encontrou um quadro de necessária reestrutura da entidade. A partir de então, lançou-se ao desafio de resgatar a credibilidade da Federação perante aos sindicatos filiados, entidades empresariais, órgãos públicos e principalmente junto a Confederação Nacional das Indústrias (CNI)”, disse a assessoria.


A área da saúde também tem o seu destaque. O médico Jacy Amanajás reúne experiência tanto na área política, uma vez que já foi deputado estadual, como também conhecimento técnico, pois fora do Legislativo dedicou-se ao serviço público e às causas filantrópicas. “Eu sempre procurei me dedicar ao atendimento médico daquelas pessoas mais humildes. Esse trabalho eu faço em parceria com meus filhos, e as consultas são feitas na minha própria residência”, contou Jacy.


A área jurídica tem também seu nome de destaque. O advogado Vicente Cruz foi procurador do município na gestão de Roberto Góes (PDT). Porém, para disputar uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa, teve que se desincompatibilizar do cargo. Foi presidente da Sociedade Recreativa São José, considerado um dos mais tradicionais times de futebol do Amapá. Na área cultural, destacou-se na presidência da escola de samba Boêmios do Laguinho.


Já o candidato Ocivaldo Gato, popularmente conhecido como “Gatinho”, tenta retornar ao parlamento. Sempre coerente em suas proposições, buscou no cargo de deputado estadual (2002/2009) apresentar projetos voltados para a infraestrutura.


Com tantos outros políticos disputando o parlamento estadual, podemos ter noção do quanto será grande a briga por cada uma das vagas na AL. A decisão de elegê-los está nas mãos de pouco mais de 420 mil eleitores.

1 comentários:

Anônimo disse...

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